sexta-feira, 6 de julho de 2012

O dia em que encontrei a plenitude da vida


Eu era uma criança. Tinha apenas 11 anos. Estava numa praia bonita, com barcos de pescadores ao fundo, à beira do mar que deixava o cenário memorável. Estava numa boa, tranqüilo, sentado – ou agachado, não me lembro ao certo – contemplando aquele dia que ficaria para sempre marcado em mim.

Foi então que apareceu ela. A tradução fiel de divindade feminina surgiu à minha frente, vagarosa, límpida, serena... e linda! Ah, como era linda! Peça-me para descrever seu rosto que não sei... essa é a pena. Só sei que era ela. E estava ali, tão perto de mim... mal pude acreditar.

Não sei o que aconteceu depois. Só me lembro daquele instante. Único. Não sei qual lugar era, o que me levou até ali ou o nome dela. Só sei que era ela. Tudo perfeito. Estava a ponto de encontrar a plenitude da vida. E encontrei.

Quando fui para o colégio, pela aula não me interessei. Apenas sonhava. Falavam comigo, mas eu não estava ali. Estava naquele lugar, de onde nunca queria ter saído. Tentei avistá-lo por muitas outras vezes. Até agora, só lembranças. Recordações de um lugar onde nunca estive, mas que um dia, pretendo encontrar...



                                             Praia do Sonho, em Paraty. Alô, Faraco!


*Escrito por Fábio Blanco

2 comentários:

  1. Fábio Blanco!..Fantástico!
    ´´Recordações de um lugar onde nunca estive, mas que um dia, pretendo encontrar...``

    ResponderExcluir
  2. ê, mineritcho... valeu, meu velho. fico feliz que tenha gostado, e mais feliz ainda com o elogio. vindo de você é uma honra. saudade de tu já, brow! tá fazendo falta aqui. abraços, t cuida aí e vamos molhar palavras!!!

    ResponderExcluir